MÊS DA LITERATURA BRASILEIRA: ONG VAGA LUME INDICA OBRAS DE AUTORES INDÍGENAS E NEGROS VOLTADAS A JOVENS LEITORES

Em maio, mês de celebração da Literatura Brasileira, a ONG convida os jovens leitores a conhecerem novas obras nacionais: são antologias indígenas, livros sobre a cultura afro-brasileira, aventuras infantis, histórias sobre relações de afeto e o amor pela arte.
Confira, abaixo, os livros destacados na lista da Vaga Lume.

Kabá Darebu

“Nossos pais nos ensinam a fazer silêncio para ouvir os sons da natureza; nos ensinam a olhar, conversar e ouvir o que o rio tem para nos contar”. Kabá Darebu é um menino-índio que nos conta, com sabedoria e poesia, o jeito de ser de sua gente, os Munduruku, sua etnia que vive na floresta amazônica. Ganhadora do selo Acervo Básico da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), a obra é um marco na literatura indígena, ressaltando a resistência e a luta dos povos indígenas por suas terras, memória e modo de vida. Autor: Daniel Munduruku / Ilustração: Maté

Originárias
A obra é uma lindamente ilustrada antologia com narrativas de doze autoras contemporâneas de diferentes nações indígenas. A partir de sonhos, vivências comunitárias, histórias e modos de vida passados de geração em geração e da observação da natureza, as escritoras tratam dos mais diversos temas: aventuras, relações familiares, histórias de amor e amizade, contos de origem. Mesclando ficção com não ficção, as narrativas são acompanhadas por um glossário e um texto informativo sobre o povo indígena originário de cada autora.
Autoras: Auritha Tabajara, Bruna Karipuna, Chirley Maria Pankará, Eliane Potiguara, Glicéria Tupinambá, Lidiane Damaceno Krenak, Márcia Mura, Naine Terena, Simone Karajá, Telma Taurepang, Trudruá Dorrico e Vanessa Kaingang. Ilustração: Mauício Negro

Eu sou macuxi e outras histórias
A obra de estreia de Julie Dorrico pode ser lida de muitas formas. É uma celebração dos povos indígenas; de sua vida, seu idioma, seus símbolos e sua história. É o resgate e a afirmação da identidade de uma descendente do povo macuxi. E, além de tudo, pode ser lido como um libelo a favor da luta dos povos indígenas por suas terras, sua memória, seu modo de vida. Ao longo da narrativa, memórias pessoais da narradora e o imaginário de um povo se cruzam em uma linguagem envolvente e poética. Autora: Julie Dorrico/ Ilustração: Caboco Gustavo

Chama o Sol, Matias! 

Matias é um pequeno garoto que, frente a uma situação de adversidade, clama pelo sol. Símbolo de esperança e felicidade, o astro-rei, ao iluminar o universo, acende também o mundo da criança. O sensível texto de Sonia Rosa encontra na ilustração de Camilo Martins a perfeita simbiose artística. É a partir das imagens que se revela o fato de o protagonista e sua família serem indivíduos negros. O livro, cujo ritmo e cuja musicalidade são patentes, traz poeticidade e delicada tessitura de questões sociais, raciais e desafiadoras apresentadas ludicamente às crianças. Autora: Sonia Rosa / Ilustração: Camilo Martins

A história começa quando Mandisa sofre uma perda e deixa de sorrir. Para resgatar a felicidade da netinha, Alegria, uma avó que tem o hábito de levar a menina para visitar museus e bibliotecas, busca no passado a solução para o presente. A partir da abertura de um antigo baú, o livro passeia pelas riquezas culturais da África no período anterior à escravidão. Nesta convivência entre gerações, ensinamentos importantes sobre o gosto pela arte e pela cultura, ancestralidade, conexão com os antepassados africanos e amor familiar marcam profundamente a infância da menina.  Autor: Vagner Amaro/ Ilustração: Daniel Santana

O incentivo à leitura como caminho à educação e à cidadania é o sonho possível trilhado pela Vaga Lume, que há 22 anos atua na implantação de bibliotecas comunitárias e na formação de mediadores de leitura na Amazônia Legal. Mais de 170 mil livros foram distribuídos a crianças e adolescentes da região, a partir de uma curadoria que preza pela valorização da diversidade cultural e do respeito à potência dos povos da floresta. 


Em 2023, Associação Vaga Lume foi eleita pela terceira vez, sendo duas consecutivas, a Melhor ONG de Educação do Brasil
pelo Prêmio Melhores ONGs do Instituto Doar.
 No mesmo ano foi contemplada pelo novo prêmio United Earth Amazônia, na categoria ESG, da sigla em inglês Environmental, Social, and Corporate Governance (Ambiental, Social e Governança) . Em 2022 foi vencedora do Prêmio
Jabuti na categoria Fomento à Leitura. Conheça o mini documentário Vaga Lume no
 YouTube e acesse o site da associação.





 



 



 



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