Lupa do Bem lança ebook gratuito para auxiliar na formalização e gestão de projetos sociais

Segundo ebook da série Guia Lupa do Bem oferece modelos de documentos e ferramentas para facilitar o processo de formalização para empreendedores sociais e organizações do terceiro setor

O Lupa do Bem, portal idealizado para divulgar ONGs e projetos sociais, anuncia o lançamento do ebook gratuito “Como Começar uma ONG”, uma ferramenta essencial para quem deseja formalizar e gerir uma organização do terceiro setor.

Escrito pela especialista em gestão de ONGs, Silvia Rangel, o ebook é o segundo da série Guia Lupa do Bem, com o objetivo de democratizar o acesso à informação e auxiliar os empreendedores sociais. O primeiro ebook, “Mobilização de Recursos”, lançado em 2023, já foi baixado por quase 300 leitores e auxiliou diversas ONGs na captação de fundos para gestão.

O ebook “Como Começar uma ONG” oferece um panorama abrangente dos aspectos legais, administrativos e financeiros envolvidos na criação e gestão de uma organização da sociedade civil (OSC). A linguagem acessível e os exemplos práticos facilitam a compreensão dos temas, mesmo para quem não possui conhecimento prévio na área.

Abordando desde as diferenças entre OSC, ONG e OSCIP até a elaboração do estatuto social e a abertura de conta bancária, o ebook ainda oferece modelos de documentos e ferramentas para auxiliar no processo de formalização e gestão da ONG.

Segundo Fabiana Rosa, jornalista fundadora do Lupa do Bem e idealizadora do projeto, o ebook foi criado para auxiliar as ONGs em seus primeiros passos, desde a formalização até a gestão eficiente da organização. “Acreditamos que o acesso à informação é fundamental para o desenvolvimento do terceiro setor”, diz ela.

“Por estarmos sempre em contato com o terceiro setor, a gente se depara com muitos projetos que não são formalizados e que muitas vezes não podem receber fundos. É uma forma de as ONGs terem a sua formalização para poderem crescer”, afirma Fabiana.

O ebook “Como Começar uma ONG” é um recurso valioso para:

  • Empreendedores sociais que desejam formalizar suas ideias e transformar seus sonhos em realidade.
  • Organizações já existentes que buscam aprimorar seus processos de gestão e alcançar maior impacto social.
  • Estudantes e profissionais da área que desejam se aprofundar em gestão de ONGs.

Download gratuito e acesso facilitado

O ebook “Como Começar uma ONG” está disponível para download gratuito no site do Lupa do Bem: https://www.lupadobem.com/.

Próximos passos: compromisso com o terceiro setor

O Lupa do Bem segue comprometido em apoiar o desenvolvimento do terceiro setor. O próximo ebook da série, “Voluntariado nas Organizações”, será lançado no último trimestre de 2024, com o objetivo de auxiliar as ONGs na gestão eficaz de seus voluntários.

Sobre o Lupa do Bem
Lançado em 19 de julho de 2021, no Dia Nacional da Caridade, o Lupa do Bem é um espaço dedicado à produção de conteúdos de impacto social. Com pluralidade e equilíbrio, o objetivo é destacar ideias e pessoas que estão promovendo mudanças e ampliando vozes na sociedade.

Festa junina: conheça histórias dos santos que regem as festividades

Saiba mais sobre as figuras centrais das festividades juninas e a importância de cada um na cultura brasileira

A Festa Junina é um dos eventos mais vibrantes e aguardados do calendário cultural brasileiro. As celebrações, que ocorrem em junho, são marcadas por danças, comidas típicas, fogueiras e uma devoção especial a três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro.

De acordo com o pastoralista do Colégio Marista Paranaense, Jean Marcos Gregol, as festividades juninas transcendem a devoção religiosa popular, tecendo, por meio da cultura e da diversidade, um rico mosaico de fé, tradição e alegria. “As celebrações são oportunidades de viver a comunhão e de partilhar a vida, pilares fundamentais da fé cristã. E fazer isso com alegria, com muita alegria!”, explica. 

Mais do que festejar, é essencial também conhecer a história por trás de cada evento cultural, o que torna a experiência mais rica e significativa. Conheça um pouco mais sobre essas figuras que inspiram tantas tradições e rituais.

Santo Antônio: O Santo Casamenteiro

No dia 13 de junho, os olhares se voltam para Santo Antônio, conhecido popularmente como o “Santo Casamenteiro”. Nascido em Lisboa, Portugal, no século XII, Antônio de Pádua faleceu em 13 de junho de 1231 em Pádua, na Itália e é celebrado por suas pregações e milagres até os dias de hoje. Sua fama de casamenteiro vem de lendas que o associam à ajuda para que mulheres encontrassem bons maridos.

Nas festas juninas, as simpatias para Santo Antônio são comuns. Quem nunca ouviu falar de colocar a imagem do santo de cabeça para baixo em um copo d’água ou enterrar sua estátua até que um pedido de casamento seja atendido? Ou encontrar a estátua do santo em um pedaço de bolo como sinal de alcançar a graça? Essas tradições refletem a fé e a esperança depositadas no santo, tornando-o um ícone indispensável das celebrações.

Mas, para além da fama popular, o frade franciscano foi modelo exemplar de fé, de dedicação ao Evangelho e ao cuidado dos mais pobres. Era reconhecido pela sua pregação eloquente, enraizada no evangelho e por sua simplicidade de vida. Os sermões de Santo Antônio são notáveis obras literárias, que encantavam as pessoas que vinham com ele se confessar. Tal fama fez com que fosse reconhecido como Santo, 11 meses após a sua morte e, em 1946, foi proclamado “Doutro da Igreja Universal”, com o título Doctor Evangelicus.

São João: O Protetor das Colheitas

Dia 24 de junho é dedicado a São João Batista, um dos santos mais populares do cristianismo. Ele é conhecido como o “Protetor das Colheitas”, e suas celebrações são marcadas por fogueiras, que simbolizam a luz e a proteção divina. A fogueira, inclusive, tem uma forte simbologia religiosa. Segundo a tradição, Isabel, mãe de João Batista, acendeu uma fogueira para avisar Maria, mãe de Jesus, sobre o nascimento de João Batista.

As festas de São João são sinônimo de alegria e fartura. As quadrilhas, com suas danças animadas e roupas coloridas, enchem as praças e ruas de todo o Brasil. A tradição da fogueira, além de aquecer as noites frias de junho, é um momento de união e renovação espiritual, evocando a lembrança do batismo de Jesus nas águas do rio Jordão, realizado por João Batista.

Além disso, recorda-se com carinho de São João Batista, por ser o profeta que anuncia a Boa-Nova, sendo o precursor de Jesus Cristo. João preparou a chegada do Messias e, embora se tornasse conhecido e as pessoas o procurassem, ele se retirava do centro e nele colocava Jesus: “Ele deve crescer e eu diminuir” (Jo 3,30). João acreditava que em Jesus se realizava um novo tempo, marcado por justiça e verdade.

São Pedro: O Guardião dos Pescadores

Encerrando as festividades juninas, no dia 29 de junho, temos São Pedro, conhecido como o “Guardião dos Pescadores”. Ele foi um dos apóstolos mais próximos de Jesus e é considerado o primeiro Papa da Igreja Católica. Segundo a tradição, São Pedro possui as chaves do céu e é responsável por controlar o clima, sendo especialmente venerado por pescadores e agricultores.

Nas festas em homenagem a São Pedro, são comuns as procissões e as celebrações religiosas, que pedem boas colheitas e proteção para os pescadore. Além disso, as festas mantêm viva a tradição da fogueira, reforçando o laço comunitário e a fé.

Georges Minois oferece uma análise saborosa sobre a Guerra dos Cem Anos

Sob a pena ágil do autor, que alterna narrativas detalhadas dos eventos e uma multiplicidade de exames, o conflito aparece como uma epopeia sangrenta e fundadora.

A questão é essencialmente formal, mas crucial quando se trata de um termo consagrado como “A Guerra dos Cem Anos”. Será que esse título é uma invenção dos historiadores em busca de expressões impactantes, ou realmente houve um conflito tão prolongado? Se for o caso, estaríamos diante de um recorde absoluto, tão impressionante que levanta dúvidas. Essas dúvidas são reforçadas pelo fato de que nenhum contemporâneo ao conflito jamais usou esse termo. Em 1453, ninguém estava ciente de que estavam saindo de uma guerra de cem anos. Nenhum tratado declarou seu fim, e nem mesmo se sabe ao certo quando ela começou. Pois para mergulhar neste conflito e em suas implicações e contradições, nasce A Guerra dos Cem Anos: o nascimento de duas nações, do renomado historiador francês Georges Minois, em lançamento da Editora Unesp.

As pessoas certamente sabem que estão envolvidas em um conflito interminável entre os reis da França e da Inglaterra. Porém, esse conflito é tão pontuado por tréguas e tratados que a cada vez parecem definitivos, como em Brétigny e em Troyes, que não é possível saber de verdade se o que ocorre é uma série de várias guerras ou um conflito único”, escreve Minois. “O fim é ainda mais problemático do que o começo, uma vez que nenhum texto oficial é assinado: nem armistício, nem tratado de paz. Nada. É preciso aguardar quase quatro séculos para que, finalmente, a ‘Guerra dos Cem Anos’ fosse oficializada.”
 

Ao longo das mais de seiscentas páginas, ficamos sabendo que, se as datas geralmente aceitas são 1337-1453, ou seja, 116 anos, é porque nesse período o confronto atingiu sua máxima intensidade e, apesar das tréguas, os dois países estiveram verdadeiramente em estado de guerra. Uma guerra aberta, com cercos, batalhas e destruição, ou uma guerra “fria”, especialmente durante os reinados de Ricardo II e Henrique IV, nas décadas de 1390 e 1400.
 

Segundo o autor, o que constitui a unidade desse conflito é a constância dos protagonistas e de seus objetivos: o rei da França contra o rei da Inglaterra, em torno da reivindicação deste último à posse integral ou parcial do reino da França. Essa foi a causa declarada de um século de massacres. No entanto, como sabemos, os objetivos declarados escondem realidades mais profundas envolvendo religião, política, economia e, na origem de tudo, questões de gênero ligadas à sucessão do trono. Neste livro, Georges Minois pretende mostrar que essa guerra vai muito além do simples confronto entre duas monarquias.
 

Sobre o autor – Georges Minois é professor de História e historiador das mentalidades religiosas. Dele, a Editora Unesp publicou História do riso e do escárnio (2003), A idade de ouro (2011), História do ateísmo (2014), História do futuro (2016), História do suicídio (2018), História da solidão e dos solitários (2019), As origens do mal (2021), Henrique VIII (2022), História do inferno (2023) e História da Idade Média (2023).

Mais informações sobre a Editora Unesp estão disponíveis no site oficial



Criminalização do aborto: o relato de uma sobrevivente

Nesta quarta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) nº 1904/24, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio, incluindo casos de violência sexual. A legalização do procedimento já é regularizada em 77 países, pois, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 39 mil mulheres morrem por ano devido à complicações causadas por abortos clandestinos.

No livro “Todas as minhas mortes”, a escritora e artista plástica, Paula Klien, traz um relato sensível, íntimo e pessoal sobre um aborto realizado aos 18 anos. O procedimento, mesmo tendo sido realizado em uma das melhores clínicas clandestinas do Rio de Janeiro, resultou em diversas complicações na saúde, como a morte de quíntuplos quando, posteriormente, decidiu ser mãe.

“Uma dor excruciante me acordou no dia seguinte. Fazia uma semana do aborto. Minha barriga parecia estar sendo furada por pregos. A tortura era tamanha que, se a escala de dor existisse para além de dez, minha dor seria mil. Foi esse o dia em que ela me veio como assombração. Antes, como já havia narrado, era só cólica menstrual das piores”.

Entre o prazer e a dor: uma ode à existência feminina

No livro “Todas as minhas mortes”, Paula Klien apresenta uma narrativa visceral que retrata todas as vezes em que precisou renascer. Com honestidade, crueza e toques sutis de humor, a artista Paula Klien adentra as profundezas da existência feminina no livro Todas as minhas mortes. Neste romance de autoficção, publicado pela Citadel Grupo Editorial, a autora dissolve a fronteira entre realidade e fantasia, ao entrelaçar vivências reais com as nuances da própria imaginação. É sob a voz narrativa ambivalente da protagonista Laví (abreviação de la vie ― ou a vida em francês) que o leitor será conduzido a uma viagem pelas águas turvas da subjetividade humana.

Ousada, determinada e questionadora, a personagem subverte as convenções sociais. As vivências íntimas e visceralmente humanas da personagem provocam sentimentos e reflexões sobre temas relacionados à sexualidade, amadurecimento e maternidade. Entre o prazer e a dor, a protagonista expõe com honestidade suas forças e fraquezas para mostrar todas as vezes que precisou morrer para renascer – como uma fênix – até, finalmente, realizar o sonho de carregar um filho nos braços.

Eu esgotaria as forças pelo ser que me escolheu para
– tal qual o Big Bang – expandir do nada um universo inteiro em mim.
Eu me esvaziaria inteira para bem conduzir quem colocou limite nos saberes
do mundo e calou a ciência. Eu iria até o fim de todas as linhas com ele,
e simplesmente com ele: com o mais desejado dos filhos.

(Todas as minhas mortes, pgs. 142-143)

Capítulo a capítulo, Paula Klien narra uma fase na vida de Laví e a cada ciclo, uma montanha-russa de emoções, pensamentos e sensações toma conta do leitor, que facilmente se identifica com o personagem. Hora em êxtase, hora em agonia, a narradora evidencia que, assim como ela, ninguém é bom ou mau o tempo todo. Ela traz as múltiplas camadas e nuances da existência humana, do primeiro grito ao último suspiro.

Com uma escolha cuidadosa das palavras e evocando os espíritos de grandes pensadores como Nietzsche, Espinosa e Lacan, a escritora traz para a literatura, além de bagagem como artista multifacetada, elementos da psicanálise e da filosofia. Todas as minhas mortes é uma narrativa repleta de simbolismos, metáforas mas também subjetividade, pois assim como a vida, essa será uma leitura única para cada um.

CRUZAMENTO DAS TRAJETÓRIAS DE JOANA D´ARC E MARIA QUITÉRIA EM LIVRO

A socióloga Isabelle Anchieta reconta a trajetória de duas figuras femininas marcantes que subverteram os valores da época e expõe como a influência delas impactou o mundo.

Na obra, ela cruza as trajetórias de Joana D’Arc e Maria Quitéria tecendo relações entre essas mulheres que inauguram uma posição social de gênero sem precedentes e investiga o que elas podem nos ensinar até hoje. A partir da análise da vida dessas figuras históricas, a autora estabelece uma ponte para reflexões sociológicas atuais e pertinentes. No decorrer da obra, a socióloga aprofunda temas que ainda permeiam a sociedade, como a polarização social, o nacionalismo, a religião, a estereotipização, a intolerância, as disputas por reconhecimento, as contradições nas relações entre homens e mulheres, a liderança carismática e a expressão de si.

Saiba mais sobre o livro: Na obra Revolucionárias, Isabelle Anchieta, renomada socióloga brasileira, explica quais foram as habilidades, as astúcias e os enfrentamentos de Joana d’Arc e Maria Quitéria para subverter os valores da época a favor delas. Publicado pela Editora Planeta, o livro é divido em duas partes em que explora minunciosamente a vida de cada uma, analisando a infância, a criação e as motivações que as levaram a se tornarem figuras históricas marcantes, apesar dos empecilhos da época e do latente machismo na sociedade.
 Apesar da distância temporal e territorial, Isabelle cruza a narrativa de duas grandes guerreiras ao evidenciar as similaridades que as conectam. Ambas viveram em períodos históricos impregnados por entraves culturais, legais, institucionais, à liberdade de escolha e à ação das mulheres. Mesmo assim, Joana liderou grandes cavaleiros franceses e era respeitada pelo rei. Maria Quitéria foi a única soldada reconhecida ainda em vida pelo imperador Dom Pedro I. A autora busca, ao recontar a história com um olhar social e feminino, responder à pergunta primordial: como elas alcançaram tais honrarias?
 A partir da análise da vida dessas importantes figuras históricas, a autora estabelece uma ponte para reflexões sociológicas atuais e pertinentes. No decorrer da obra, a socióloga aprofunda temas que ainda permeiam a sociedade, como a polarização social, o nacionalismo, a religião, a estereotipização, a intolerância, as disputas por reconhecimento, as contradições nas relações entre homens e mulheres, a liderança carismática e a expressão de si.
 Em Revolucionárias, Isabelle reconstrói a história das protagonistas, de uma forma nunca vista, ao evidenciar que Joana e Quitéria são mais do que imagens de mulheres que participaram de momentos decisivos da construção da ideia de nação em seus países. Elas tornaram as próprias lutas símbolos atemporais, romperam com um sistema secular e remexeram na ordem dos costumes. “Foram modernas, antes que a modernidade firmasse seus pés.”, escreveu Anchieta.

A poética feminina conduz a primeira edição de A letra da voz

Série de apresentações no Itaú Cultural que une música e literatura.

Kaê Guajajara faz pocket show no IC (imagem: Alex Ribeiro)

A palavra presente em expressões artísticas como a composição, o slam e o cordel é o fio condutor da primeira edição desta programação, que ao longo de duas semanas apresenta shows, conversas, saraus e filmes tendo à frente às mulheres. Entre as convidadas estão a poeta Alice Ruiz, a coletiva Slam das Minas SP e cantoras como Kaê Guajajara e Sharylaine

Até 23 de junho (sempre de quinta-feira a domingo), o Itaú Cultural apresenta a primeira edição de A letra da voz, em uma programação onde a música e a literatura se entrecruzam em diferentes expressões artísticas. A poética criada e conduzida por mulheres é o foco dessa mostra de estreia, que se desdobra em pocket shows seguidos de conversas sobre composições, criações poéticas, como o cordel, e em filmes voltados às composições da artista Alzira E e das mulheres no punk e hardcore brasileiro nos anos de 1990.

As atividades são gratuitas, como toda a programação do Itaú Cultural, e acontecem de quinta-feira a domingo. As reservas dos ingressos têm início sempre a partir das 12h da quarta-feira da semana anterior às sessões e devem ser feitas pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural http://www.itaucultural.org.br.

A programação de A letra da voz é retomada no dia 20 (quinta-feira) com mais uma sessão de cinema na Sala Itaú Cultural, às 19h, agora com o documentário Faça Você Mesma, de Letícia Marques. O longa-metragem tem como tema a presença das mulheres na música punk e hardcore brasileira nos anos de 1990, dando origem à versão nacional do movimento punk feminista Riot Grrrl – iniciado no começo dos anos de 1990, nos Estados Unidos, com o objetivo de empoderar mulheres e dar a elas o protagonismo no universo da música.

O terceiro Prosa Sonora: conversa e pocket show da mostra acontece na sexta-feira, 21, às 20h, com a cantora e compositora Lorena Chaves. Na apresentação musical, a cantora, compositora, criativa e produtora musical mineira, que vive em São Paulo, apresenta composições como À procura de um par, Carrossel e Monocromia, seguido do bate papo com a jornalista Adriana Ferreira Silva sobre seus processos de criação.

No sábado, 22, a programação começa às 15h, com um novo Além das Palavras: a mulher no cordel, que recebe a cordelista sergipana Izabel Nascimento e a poeta-declamadora pernambucana Jéssica Caitano para refletirem sobre como as mulheres estão à margem no cordel. Izabel escreve sobre temas que refletem suas vivências, inquietações e angústias publicadas em dezenas de livros e folhetos com versos de literatura de cordel. Jéssica usa a multidisciplinaridade artística de sua palavra na poesia dita, escrita, cantada, na poesia que vira cordel, coco e rap, inspiradas na oralidade de sua região de origem.

No mesmo dia, às 20h, Prosa Sonora recebe o pocket show da cantora Kaê Guajajara. Artista da música popular originária – MPO, ela traz em seu trabalho cantos e sonoridades inéditas com influências de ritmos ancestrais indígenas e assuntos de importância político-social. A proposta é educar, conscientizar e convidar os seus ouvintes para a missão coletiva do bem viver, estabelecendo um elo entre ancestralidade e futuro.

A letra da voz encerra no domingo, dia 23, com mais um dia de dupla programação. A primeira acontece às 16h30, ao ar livre no Bulevar do Rádio, com uma intervenção poética do Slam das Minas SP, que apresenta poesias autorais e de poetas consagradas, em uma celebração do poder da palavra e da força das mulheres na criação de novos horizontes por meio da poesia.

Por fim, às 19h, é a artista pernambucana Jéssica Caitano quem volta ao palco, para fechar a mostra em mais um Prosa Sonora: conversa e pocket show. Nessa apresentação, ela traz as manifestações literárias incutidas na gênese do seu processo criativo, derrubando as fronteiras das linguagens na veiculação oral da poesia, expressando as relações entre música, palavra e performance.

Entrada gratuita. As reservas de ingressos têm início sempre na quarta-feira da semana anterior às sessões, a partir das 12h, através plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural http://www.itaucultural.org.br

Livro reúne visão de 25 mulheres sobre inteligência artificial e tecnologias inovadoras

Lançado neste mês de junho o livro “Inteligência Artificial e Tecnologias Inovadoras: A Nova Era da Propriedade Intelectual”. Trata-se de uma coletânea organizada a partir da interseção prática entre tecnologia e propriedade intelectual, explorando as visões e as experiências de profissionais que atuam nos setores público e privado.

Escrito por 25 autoras especializadas em tecnologia, entre advogadas, juízas e especialistas, o livro tem coordenação de Tatiana Campello, sócia das áreas de Propriedade Intelectual, Inovação & Tecnologia e Privacidade de Dados & Cibersegurança do Demarest, juntamente com a advogada Leticia Provedel.

Os 18 artigos que compõem a obra oferecem análises críticas e soluções estratégicas para os desafios enfrentados pela sociedade nessa era de avanços tecnológicos acelerados. Também buscam proporcionar uma compreensão mais aprofundada das questões legais e estratégicas relacionadas à interação entre a Inteligência Artificial e a Propriedade Intelectual.

Ao abordar desde a proteção de intangíveis até questões éticas na IA, o livro fornece insights valiosos para profissionais e pesquisadores que buscam compreender e abordar os desafios e as oportunidades dessa nova era tecnológica.

Com o rápido avanço tecnológico da IA nos últimos anos, essas ferramentas passaram a ser importantes instrumentos para nortear as estratégias de boas práticas ambientais, sociais e de governança nas empresas.

No dia 18 de junho, o livro será lançado na cidade do Rio, na sede da ABPI (Associação Brasileira da Propriedade Intelectual), também a partir das 9h, com uma conversa com as autoras e sessão de autógrafos. O endereço é rua da Alfândega, 108, Centro (RJ).

prêmio jovem jornalistas: inscrições abertas

Instituto Vladimir Herzog recebe inscrições para o16º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão até 10 de julho  

Autores das cinco melhores pautas contarão com microbolsas e mentorias para a produção das suas reportagens. 

A 16ª edição do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão (PJJ) convida estudantes de jornalismo de todo o país a produzirem propostas de pauta a partir dos dados e informações do novo Censo Demográfico 2022 e, assim, contribuírem com a compreensão da nova realidade da população brasileira. As inscrições estarão abertas até 10 de Julho e podem ser feitas no site do Prêmio.

Neste ano, serão selecionadas as cinco melhores propostas de pauta, uma por região do país. As equipes receberão microbolsas no valor de cinco mil reais para desenvolverem suas reportagens e contarão com acompanhamento de jornalistas especialmente convidados pelo Instituto Vladimir Herzog para atuarem como mentores dos grupos.
 

Vale destacar que, desde a sua criação, em 2009, o PJJ já mobilizou cerca de 3.000 estudantes de graduação em Jornalismo e 782 professores oriundos de 209 escolas de Comunicação de todo o Brasil. Como resultado, esta proposta formativa contabiliza, nesses quinze anos, 65 reportagens de grande envergadura investigativa produzidas por 147 estudantes de 34 diferentes escolas, envolvendo 51 professores orientadores e 36 jornalistas mentores.


 O PJJ é uma realização do Instituto Vladimir Herzog desenvolvida em parceria com Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), OBORÉ e Periferia em Movimento.


A iniciativa homenageia Fernando Pacheco Jordão, que sempre se preocupou com o desenvolvimento dos jovens profissionais de imprensa. Falecido em 2017, Pacheco Jordão é autor do livro “Dossiê Herzog – prisão, tortura e morte no Brasil”. Em sua 7ª edição, constitui documento fundamental para compreender a história recente de nosso país.

INFORMAÇÕES, REGULAMENTO E INSCRIÇÕES: Jovem Jornalista

Fernando Pacheco Jordão

https://vladimirherzog.org/jovem-jornalista/

Conversa com o Autor, da Rádio MEC, estreia nova temporada, hoje 16/6

No 1o episódio inédito, Rodrigo França fala de “O menino e sua árvore”

Katy Navarro e Rodrigo França

Rádio MEC estreia, neste domingo (16), às 12h30, a segunda temporada do programa Conversa com o Autor. Apresentada por Katy Navarro , a atração radiofônica dá início à nova leva de episódios inéditos com Rodrigo França, que fala sobre sua publicação mais recente, o livro infantil “O menino e sua árvore” (2024).

Com o objetivo de divulgar a literatura brasileira e incentivar a leitura, o programa semanal recebe autores para um bate-papo sobre suas publicações e assuntos variados do mundo dos livros. Para a nova temporada, já estão confirmados nomes como Paula Fábrio, Claudia Nina, Clóvis Bulcão e Andreia Prestes.

Durante a edição deste domingo, Rodrigo França destaca a força da literatura para a transformação presente em “O menino e sua árvore”, que trata do respeito à ancestralidade através da natureza. O convidado explica que a árvore é um personagem vivo já que representa a avó que já se foi. A relação das raízes da árvore com as raízes de uma família e a construção de uma história de vida a partir de outras histórias é uma das reflexões deste livro que trata de forma lúdica e simples um tema difícil como a morte de um parente querido ou a saudade que fica no coração de todos.

Ao longo da conversa com Katy Navarro, Rodrigo França também aborda outras histórias e a sua visão sobre o mundo de hoje e do futuro. O autor convida as crianças e os adultos para a leitura e a experiência de amar a natureza. Ele destaca ainda que preservar a memória é um fator essencial para viver bem o presente e garantir a existência de um futuro melhor.

“O menino e sua árvore” é a consagração de um autor que já escreveu outras obras e trabalha de diversas formas como artista para falar de temas tabus como o racismo. Rodrigo tem trabalhos como escritor e diretor no teatro, além de outras atividades relacionadas à arte e à representatividade. Na literatura, em 2020, lançou seu primeiro livro infantil, “O Pequeno Príncipe Preto”, que anteriormente era uma peça teatral e sofreu algumas alterações para a publicação no novo formato. O convidado do programa é ator, dramaturgo, cientista social, filósofo, professor, articulador cultural, produtor, artista plástico, além de ativista em direitos humanos fundamentais.

Sobre o Conversa com o Autor

Apresentado e produzido pela jornalista Katy Navarro, são quase 30 minutos de uma conversa que gira em torno dos lançamentos, títulos, curiosidades, processo criativo, sugestões de obras, leituras e as diversas narrativas literárias dos autores brasileiros. Em 2023, o programa completou uma década.

Os episódios da nova temporada também ficam disponíveis em formato de videocast no canal da emissora pública no YouTube.

Sobre a Rádio MEC

Conhecida de norte a sul do país como “A Rádio de Música Clássica do Brasil”, a Rádio MEC é consagrada pelo público por sua vocação direcionada à música erudita. A tradicional estação dedica 80% de sua programação à música clássica e leva ao ar compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos.

A Rádio MEC oferece aos ouvintes a experiência de acompanhar repertórios segmentados, composições originais e produções qualificadas. Ainda há espaço também para faixas de jazz e música popular brasileira, combinação que garante a conquista de novos públicos e agrada a audiência cativa.

A emissora pode ser sintonizada pela frequência FM 99,3 MHz e AM 800 kHz no Rio de Janeiro. O dial da Rádio MEC em Brasília está em FM 87,1 MHz e AM 800 kHz. O público também acompanha a programação em Belo Horizonte na frequência FM 87,1 MHz. O conteúdo ainda é veiculado no app Rádios EBC.

Os ouvintes têm participação garantida e podem colaborar com sugestões para a programação da Rádio MEC. O público pode interagir pelas redes sociais e pelo WhatsApp. Para isso, basta que os interessados enviem mensagens de texto para o número (21) 99710-0537.

Histórico da emissora

Sinônimo de educação, arte e cultura, a MEC foi a primeira emissora radiofônica do Brasil. Sucessora da Rádio Sociedade, criada em 1923 por Edgard Roquette-Pinto e Henrique Morize, guarda a história da música brasileira e tem papel importante na formação musical e cultural do país. Em 5 de julho de 2022, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Rio de Janeiro.

Doada em 1936 ao Ministério da Educação, a Rádio MEC é gerida desde 2007 pela EBC. Com cerca de 50 mil registros e produções, a emissora possui um patrimônio de gravações de depoimentos que vão de Getúlio Vargas a Monteiro Lobato, passando por crônicas de Cecília Meireles e Manuel Bandeira. Já passaram pelos estúdios da emissora grandes nomes como Fernanda Montenegro e Carlos Drummond de Andrade.

A programação é voltada para a difusão da cultura brasileira. Contempla a diversidade da música nacional, de gêneros como o choro, a música regional, a instrumental e de concerto. Conta ainda na sua grade com programas dedicados à literatura, cinema, dramaturgia e às artes como um todo.

Serviço
Conversa com o Autor – Estreia nova temporada – domingo, dia 16/06, às 12h30, na Rádio MEC AM

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