DIVERSIDADE: APRENDENDO A SER HUMANO

CORTELA

Uma das formas mais agressivas de recusar a Diversidade na vida humana é o Preconceito Racial!”. A frase é do professor e um dos principais filósofos contemporâneos, Mario Sergio Cortella, com novo livro na praça: A Diversidade: Aprendendo a Ser Humano.

O professor dedica um capítulo inteiro para explicar sobre o preconceito racial. Em um dos trechos da obra, lançada em 6 de junho, Cortella cita como exemplo que muitos livros de História, ao mencionar as milhares de famílias destruídas no continente africano nos 500 anos mais recentes do Ocidente, trazem uma expressão equivocada: “os escravos vindos da África”.

LIVRO CORTELA

Para Cortella o objetivo das políticas afirmativas não é criar um preconceito às avessas, mas sim, proteger fragilidades e fazer com que a sociedade avance até não precisar mais desses mecanismos. “Todo aquele que é frágil ou fragilizado em uma sociedade que aspira à dignidade coletiva deve ser protegido. Quem é frágil? A pessoa numa situação de fragilidade é aquela que tem diminuída sua condição de vida e seus direitos”. Conheça um trecho da obra:

“Colocada assim, dá a sensação de se tratar de um lugar onde escravos nasciam e eram apenas buscados. Isto é, há uma naturalização de uma vitimação. Certa vez, eu, Cortella, estava em uma conferência na Bahia, e uma menina de 21 anos, habitante de um quilombo na área do meio-sul do Estado, veementemente ativa na questão da etnia, usou uma expressão preconceituosa sem perceber: “Eu, que sou neta de escravos, …”. E eu fui conversar com ela depois: “Olha, você não é neta de escravo. Você é neta de escravizado”. Minha intenção, ao fazer essa observação, era apontar que lá não havia escravos, mas homens e mulheres que lá nasceram e foram escravizados e escravizadas.”

FOTOS: Internet

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